quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

IMPORTÂNCIA DAS CADEIRAS


A IMPORTÂNCIA DAS CADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO DO GOLPE DE VISTA E NA SEGURANÇA DO JOGO DE CAPOEIRA
Escrito por Angelo Augusto Decanio Filho   
13/04/2005

Dedicado a Guanais e Lemos, que me fizeram aprender o mecanismo de perda de consciência, desmaio, pela hipertensão intracraniana por compressão das veias jugulares no colar-de-força.
Mestre Pastinha escreveu:
2.2.31 - ..."eu não enventei"...
... "eu não enventei;”...
...”eu vi e achei bom”...
... “e aprendi no circo de cadeiras,”...
... “para aprender o jogo de dentro..."(77a,11-b13)
... Nós todos vimos...
... achamos bom...
... aprendemos com os mais velhos!
 
... Pastinha acentua a importância...
... da proximidade entre os parceiros no jogo de capoeira...
... os antigos mestres usavam obstáculos...
.... círculo de cadeiras...
...  mesas...
... ou de ambos...
... para desenvolver a agilidade...
... e “golpe de vista”...
.. indispensáveis à pratica da capoeira...
... especialmente no jogo de dentro..
... que simula a luta com arma branca!
HerPast p.77
Pastinha sabiamente acentua importância da proximidade entre os parceiros no jogo de capoeira e afirma que os antigos MESTRES usavam obstáculos periféricos, circundantes, circunvizinhos...
círculos de cadeiras ...
mesas ...
luzes apagadas...
como usávamos eu e Guamais em nossos treinos secretos...
olhos vendados, além  das luzes apagadas...
como fazíamos eu e Jose Sobrinho “Zezinho” em nossos treinos de Judô!
ou ambos meios...
 
Para desenvolver as percepções extra-sensoriais como em Ioga e Artes Marciais!
Esta referência de Vicente Ferreira Pastinha ao uso de seu Mestre das cadeiras para delimitar a área de movimento ou jogo e assim desenvolver a noção de localização espacial durante o preparo técnico do capoeirista é muito importante por que revela preocupação desde os tempos antigos com a localização espacial do capoeirista dentro do ambiente do jogo.
Desta maneira o capoeirista desenvolve um sexto - sentido e adquire noção e domínio do espaço restrito de jogo, perde o medo de se aproximar do parceiro-adversário, especialmente útil no jogo-de-dentro, e extremamente importante na criação de oportunidades de contra-ataque e ou bloqueio do uso de arma-branca, seja faca, punhal, estoque, facão, navalha, tesoura ou mesmo guarda-chuva, borduna, sombrinha, cadeira, banco, cacete, cassetete, quiçá garrafa de vidro ou panela.
 Reflexo utilíssimo no corpo-a-corpo, na prevenção de impacto sobre os assistentes ou circundantes e origem da sensação de coragem, segurança, autodomínio, autoestima, calma e autoconfiança tão característica do capoeirista.
O treino individual cercado por 4, 6 ou 8 cadeiras simulando outros tantos adversários aperfeiçoa o sentido de localização espacial, avaliação de distância e golpe-vista, extremamente importantes no jogo, na luta, no trabalho, no transito e no cotidiano.
 
Nos anos quarenta (do século passado...), depois das aulas e treinos currículo, Bimba me entregava a chave para abrir a Academia no dia seguinte às 5 horas da manhã e o nosso grupo (Guanais, cabo Néri, Lemos) para um treino de briga (vale-tudo) em ambiente fechado com cacetes e armas-brancas[5].
Treino com luz  apagada, cadeiras, mesas e bancos espalhados aleatoriamente pela sala, grupo de 3 amigos íntimos...
testados pelo Tempo...
verdadeiros...
confiáveis reciprocamente,
grupo excelente para aperfeiçoamento dos reflexos de esquiva e contra-ataque...
sem acidentes... nem incidentes
pelo dominância da esquiva sobre o ataque...
sem soltar golpes a esmo...
E a lembrança de Hector Caribé a recomendar...
A saída de salto mortal para trás..
Pela janela...
Quando acuado contra a parede...
Sem outra saída...
No andar térreo...
Naturalmente!
 Lembrando também...
Os treinos de Judô como Zezinho Sobrinho para adivinhar o que outro iria fazer...
Sem a proteção do tatami...
No chão de cimento do pátio da casa de ...
Olhos vendados...
Sem lâmpadas acesas...
E Um sempre percebia...
O que o Outro ia fazer
Era o SEXTO-SENTIDO!


 Quando eu acordava já estava deitado no chão e aprendi a sacudir o corpo e jogar o agarrador à distância... Quanta saudade, amigos!
 Inventei
 Circulo
 Filho de índios, meu colega de curso ginasial, órfão de pai. Deixou de estudar para trabalhar para educar os seus irmãos mais jovens. dentre os quais destaco o docente de medicina Dr. Sócrates Guanais um dos fundadores do Hospital Cardio-Pulmonar. Grande homem! Maior e Melhor Amigo! Grande Professor!
 Navalhas, punhais, estoques, facas e facões.





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